segunda-feira, 25 de abril de 2016

Vale Europeu, entre alemães e italianos (Parte I)

(Não se esqueçam, basta clicar nas fotos que elas ficam ainda maiores! Depois é só dar "esc" e voltar a ler)

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A viagem

Cidades: Pomerode, Timbó, Rio dos Cedros e Doutor Pedrinho
Data: 09/03/2016 a 13/03/2016

Entramos na última etapa da série de postagens sobre nossa viagem por Santa Catarina. Esta última etapa, por ter sido a mais longa, será dividida em duas partes. Mas antes de falarmos do Vale Europeu, é importante dizer como funciona o turismo no estado. Existem dez regiões turísticas, separadas por proximidade, claro, mas também por costumes e identidades parecidas. Cada uma dessas regiões tem um guia turístico em papel, cheio de fotos, detalhes e dicas de cada cidade. Estes guias podem ser facilmente encontrados nas secretarias de turismo, centros de informação ao turista, etc. São muito bem feitos, e facilitam muito a vida do viajante. São produzidos em conjunto pelos governos federal, estadual e municipal. Prova de que quando deixam as disputas de lado os governantes tem condições de fazer coisas decentes.

O Valeu Europeu, também conhecido como Vale do Itajaí, deve seu nome a seus colonizadores. A partir do século XIX, muitos imigrantes europeus chegaram ao Brasil, e se instalaram na região, principalmente alemães, e posteriormente italianos. Ali eles receberam lotes de terra e usaram seus conhecimentos de agricultura para criar um "Brasil europeu". Muitas dessas colônias acabaram se transformando em cidades, que tem as influências européis presentes até hoje nos costumes, nas festas, na culinária e até no idioma.

Nesta primeira parte, falaremos mais demoradamente sobre as cidades de Pomerode e Timbó, onde nos hospedamos, e mais rapidamente sobre Rio dos Cedros e Doutor Pedrinho, onde tivemos passagens mais curtas.

Como foi dito na postagem anterior (que pode ser lida aqui), saímos de Treze Tílias e seguimos viagem, passando por várias cidades até finalmente chegarmos a:

1 - Pomerode
 

Não por acaso, é conhecida como "a cidade mais alemã do Brasil", embora seus primeiros habitantes, que fundaram a colônia em 1863, tenham vindo da região da Pomerânia, que tem língua própria, e foi disputada por diversos países ao longo dos tempos. É daí, resta claro, que vem o nome da cidade. Alguns habitantes de Pomerode ainda falam o pomerano, enquanto os outros se dividem entre o alemão e o português. A cidade só se emancipou de Blumenau em 1959, sendo portanto uma menina bonita de apenas 57 anos. Vale lembrar, em nome da História, que os primeiros habitantes de fato da região eram os índios carijós e xogleng, que foram exterminados pelos portugueses no século XVI.

Chegamos à cidade à noite e fomos direto para a:

Pousada Blauberg

A pousada é boa. Assim, sem exclamação nenhuma. Foi nossa sensação ao chegar, e se manteve a mesma até saírmos. Quarto confortável mas um pouco apertado, café da manhã razoável, atendimento dentro do previsto. Com TV de tela plana ("alguém usa das outras?", você pode perguntar, e eu respondo que sim), frigobar, varandinha, bom chuveiro, localização boa para quem estiver de carro. Tudo por R$ 210 a diária.


A fachada toda charme

O quarto com nem tanto charme

Mas a varanda e a modelo são charme puro

Quem chega na cidade vindo da BR-470 já dá de cara com o:

Portal Turístico Sul

Um portal de cidade pra turista nenhum botar defeito. Normalmente os portais são apenas um lugar pra parar o carro e bater umas fotos, mas aqui a coisa é diferente. Pra começar, é lindo. Pra secundar, é um excelente lugar para comprar artesanato, já que hospeda a Associação dos Artistas e Artesãos de Pomerode. Hospeda também o Centro de Informações Turísticas, além de ficar em uma praça bonita que tem um bar/restaurante que acabamos não conhecendo. E também, por último mas não menos importante, para alegria da Chris, é possível tirar fotos com trajes típicos alemães. E de graça!


Ainda com nossos trajes típicos

E agora os colonos alemães calçando tênis

Para continuarmos no campo dos portais, do outro lado da cidade está o:

Portal do Imigrante Wolfgang Weege (Portal Norte)

Embora não tenha tantas atrações quanto seu correlato, possui um componente histórico importante: é uma réplica perfeita do Portal de Stettin, capital da Pomerânia entre 1720 e 1945, cidade de onde saíram os primeiros colonizadores da região. Fica ao lado da fábrica da Malwee, empresa têxtil famosa no Brasil inteiro.



Tudo molhado no Portal Norte

Uma das primeiras atrações que conhecemos em Pomerode foi a:

Vila Encantada

Aconteceu algo curioso. Ainda era cedo e chegamos, eu e Chris, para comprar o ingresso. A moça do caixa olhou para nós dois e perguntou "o ingresso é pro zôo ou pra Vila Encantada mesmo?". Vale dizer que o zoológico de Pomerode fica bem ao lado da Vila Encantada. Mas acho que o espanto da moça era mesmo pelo fato de dois adultos, sem criança alguma por perto, estarem fazendo uma visita ali. Dá pra entender o espanto, já que o lugar é mesmo focado nos pequenos. Há réplicas de dinossauros, supostamente em "tamanho real", um pequeno circuito de aventuras, piscina de bolinhas e coisas desse tipo. E custa R$ 20 por cabeça. E no caso o ingresso valeu a cabeça da Chris sendo ingerida por um T-Rex. 



"Domino a fera e ainda poso pra foto"


Outros não tiveram a mesma sorte

Claro que na sequência visitamos o:

Zoo Pomerode

É o primeiro zoológico de Santa Catarina e o terceiro mais antigo do Brasil, fundado em 1932. É uma instituição privada, que se iniciou com a coleção particular de Hermann Weege, um dos pioneiros da região. Embora não seja muito grande, é de impressionar o cuidado com os animais e a qualidade dos recintos e instalações. Há animais dificilmente vistos em outros zoos pelo Brasil, como o mangusto, animal famoso por enfrentar cobras venenosas. Uma amostra do bem-estar dos animais é a procriação em cativeiro, que pode ser observada no recinto dos hipopótamos, com um filhote rechonchudo sendo protegido pela mãe. Destaque negativo para alguns recintos de aves de grande porte (condor, águias), muito pequenos para seu tamanho.



O filhote rechonchudo e a mãe


O pequenino mangusto, enfrentador de cobras


As onças que enfrentamos sem grade nenhuma entre nós, crês?


Depois do Fê o bichinho que a Chris mais gosta é o urso

Em frente ao zoo está o:

Museu Pomerano

Fruto de um trabalho do colecionador Egon Tiedt, falecido em 2008, o museu traz dezenas de objetos utilizados pelos primeiros habitantes da cidade. A grande atração é o acervo de veículos de tração animal, muitos deles usados por trabalhadores, como o leiteiro e o carteiro. Há também um veículo fúnebre, chamado de caleça, que foi utilizado pela última vez para levar o corpo de Egon Tiedt até seu destino final, seguindo seu pedido expresso antes da morte, como resta claro.



A carroça dos coelhinhos


O carro fúnebre

Tivemos o privilégio de estar na cidade durante a:

Osterfest

Como já dissemos nas postagens anteriores, Santa Catarina adora a Páscoa. Em todas as cidades pelas quais passamos as decorações e o interesse na festa é muito maior do que estamos acostumados em outros pontos do Brasil, e isto vem obviamente da tradição dos europeus, mais notadamente dos alemães. Em Pomerode é celebrada a Osterfest, ao estilo alemão. A cidade inteira é decorada com as osterbaum, árvores secas decoradas com ovos, simbolizando a ressureição de Cristo. Embora a celebração possa ser vista na cidade inteira, o epicentro da bagunça se dá no Centro Cultural de Pomerode, pertinho do zoo. Ali está, segundo os organizadores, a maior osterbaum do mundo. Também há apresentações de música típica, estandes de comida, casa do coelhinho, entre outras atrações.



A maior do mundo. Ou não.


Chá das cinco com a coelhada toda

Não muito longe dali, vale a pena conhecer o:

Monumento aos Imigrantes Alemães

Retrata um momento típico dos pioneiros da colonização em Pomerode, com os animais, o homem capinando, a mulher semeando, e até uma criança, provavelmente responsável por levar a comida aos pais na lavoura.



A tchurminha de antigamente e o Fê trocando idéia

Um dos passeios mais tradicionais e pitorescos de Pomerode é a:

Rota do Enxaimel

Enxaimel é um estilo de construção associado fortemente à Alemanha. Trata-se de pedaços de madeira encaixados entre si, em posições verticais, horizontais e diagonais, preenchidas com tijolos ou pedras. Esta foto, tirada no Museu Pomerano, mostra bem a essência da técnica:



Agora é só preencher com tijolos. Aprendeu?

A Rota do Enxaimel está toda no bairro de Testo Alto, que reúne a maior quantidade de casas enxaimel fora da Alemanha, segundo dizem. Todas elas estão tombadas pelo patrimônio histórico, e podem ser vistas, de carro, bicicleta ou a pé, em um roteiro informal, quase todo em ruas de terra. Há algumas delas abertas à visitação, com venda de produtos típicos, mas como fizemos o passeio muito cedo, não tivemos oportunidade de visitá-las.

A plaquinha diz que a casa é da família Rahna, e é de 1920, seus cegos!

Mais um "enxame", como nos acostumamos a dizer

Também construída em estilo enxaimel, mas fora da rota, na saída da cidade, está a:

Casa do Imigrante Carl Weege
 

Reprodução da casa de um dos primeiros moradores de Pomerode. Os cômodos estão decorados com objetos antigos, reproduzindo o modo de vida no começo da existência da cidade, com os colchões de palha e o sotão onde ficavam as crianças. Chris ficou preocupada retroativamente, porque devia entrar muito vento pelos vãos do telhado. No terreno do museu estão ainda um engenho de cachaça e um engenho de milho, este último tomando três andares cheios de mecanismos.

A casa do camarada Carl


Sempre fazendo graça na cozinha

Chris e os aposentos das crianças

Pertinho do Portal Turístico Sul está o:

Museu Casa do Escultor Ervin Curt Teichmann

Funciona na antiga casa do escultor que dá nome ao museu, figura de renome no Brasil inteiro. A visita passa por cômodos da casa, onde estão expostos alguns de seus trabalhos. Fomos guiados pela nora do escultor, só ao final acompanhada também por seu marido, filho de Ervin Curt Teichmann. A visita custa R$ 10, preço um pouco salgado para o pouco apresentado, embora, em última instância, não tenhamos nos arrependido do gasto.



Basicamente é isso aí o museu

Não dá pra ir embora de Pomerode sem visitar a:

Nugali Chocolates

Fica no centro e produz chocolates de qualidade, sendo uma das únicas empresas no Brasil a fabricar seu próprio chocolate. Reconfortante saber que a marca usa cacau de Ilhéus, e não da Bélgica ou Alemanha. Dá pra imaginar alguém comendo e dizendo "que delícia, só pode vir da Bélgica". Não vem não. É do Brasilsilsil mesmo. Só que a lojinha é muito apertada, merecia um espaço maior. No dia que visitamos havia umas senhoras de uma excursão e mal dava pra ficar lá dentro.



O chocolate é bom, o aperto não

Outro lugar que ninguém deixa de visitar em Pomerode é a:

Torten Paradies
 

Misto de confeitaria, restaurante, lanchonete e café, seu bufê de café colonial faz sucesso nas tardes e deixa a casa cheia. Se for o caso, se refugie no primeiro andar, bem menos concorrido, e chiquéééérimo, com seus lustres e sua bela vista do centro da cidade.


Chiquéééééééérimo, bem!

De noite, não tem muito como fugir da:

Cervejaria Schornstein


Instalada pertinho das principais atrações das cidade, esta cervejaria artesanal coleciona prêmios em festivais, e conta com seis estilos do precioso líquido. Na noite em que lá estivemos tomamos, literalmente, todas. O cardápio lista os petiscos e já dá a dica da cerveja certa para harmonização. Há diversas opções tipicamente alemãs, como o misto de salsichões, porco frito e batata frita, que foi nosso escolhido. O ambiente é agradável, e é bom não chegar muito tarde, porque o lugar é bastante concorrido.  



Singelos copinhos pras cervejas de trigo


IPA já é a onomatopéia pro soluço do ébrio


E a stout pra arrematar com o doce

Conclusão sobre Pomerode

Além de tudo que foi listado acima, Pomerode também é boa para compras. Há lojas de fábrica de algumas malharias, e também de produtos de porcelana e madeira. Não que precisasse, mas digamos que é a cereja do bolo em uma cidade com muito potencial turístico. Fizemos muitas compras na cidade, que tem um programa de incentivo de compras permanente, que rende um brinde ao final, para quem conseguir determinado número de carimbos (compra = carimbo) em diversos estabelecimentos. Por conta da Páscoa, havia ainda outro programa do tipo, e ficamos obcecados em completar os dois. Seu centro comercial não transborda charme, mas rende umas pernadas bem agradáveis, parando de loja em loja. A cidade é segura e tranquila,  mesmo cheia por conta da Osterfest. Junte-se a tudo isso sua localização, com diversos passeios bate e volta nas redondezas, e temos um destino perfeito para uma semana ou mais de deleites.



Romantiquíssima Pomerode

Outra cidade em que nos hospedamos na região foi:

2 - Timbó

Para ser bem sincero, não era nossa idéia original nos hospedarmos aqui, mas nossa pousada em Pomerode não tinha diárias disponíveis para todo o tempo que queríamos, então acabamos passando uma noite em Timbó, que fica a apenas 19 km de sua vizinha. Timbó é ponto de partida e chegada do Circuito de Cicloturismo do Vale Europeu, portanto a cidade está sempre repleta de ciclistas. Quase todos ficam hospedados no mesmo hotel em que ficamos, o:

Timbó Park Hotel


Provavelmente o melhor hotel de toda a viagem, com quarto bem espaçoso, móveis novinhos, varanda, excelente café da manhã e uma bela piscina em meio ao verde. Pena que a piscina ficou lotada de gente o tempo todo, parecia piscina de clube, aí nós que somos muito metidos acabamos não usando. Pode nos julgar. Até falei pra Chris que era uma pena que teríamos apenas uma noite ali, deu vontade de ficar mais. Pagamos R$ 289 a diária. 



Espaçosão, dá pra fazer baile


As varandinhas padronizadas, e um hóspede sem padrão

A primeira coisa que fizemos ao chegar à cidade foi pedir a benção na:

Igreja Matriz de Santa Teresinha

Chama a atenção de longe, com uma cruz bem alta, que não faz parte do prédio principal da igreja. Mas infelizmente, como tantas outras igrejas que visitamos, estava fechada para visita interna.



Só a fiação atrapalhou a selfie perfeita

No centro da cidade, localizado na confluência dos rios Benedito e dos Cedros, fica o:

Complexo Turístico Jardim do Imigrante

Reúne a maior parte das atrações turísticas da cidade. Achamos o termo "complexo turístico" um pouco exagerado, mas vá lá. Para chegar ao complexo, atravessamos a:

Ponte da Represa

Pesquisei na internet e não encontrei um nome oficial para a ponte. Alguns a chamam de ponte estaiada, outros de ponte sobre o Rio Benedito, outros de Ponte da Represa, que julguei mais adequado pela barragem que se encontra ao lado dela, formando uma bonita paisagem, com a mata ao redor e um prédio em estilo enxaimel ao fundo.


Chris se dirige ao, bem...hmmm...err...complexo

Ainda no complexo está o:

Museu do Imigrante

Reproduz o interior de uma casa típica dos primeiros colonos que habitaram a região, com sala, quartos, cozinha e banheiro recheados de antigos objetos e utensílios. É grátis.


A sala de estar dos colonos

Sempre a mesma graça na cozinha, já injuriou, não?

Também dentro do complexo está o bar e restaurante:

Thapyoka

Fica no prédio de uma antiga fábrica de farinha, e é a construção em estilo enxaimel que pode ser vista da ponte. Estivemos duas vezes no local, uma no almoço e uma no jantar. Como é praxe nas cidades catarinenses, Timbó também tem cervejarias artesanais (Borck, Blauer Berg e Berghain), e seus produtos podem ser consumidos aqui. Tanto de dia quanto à noite optamos por comer porções para acompanhar as cervejas, embora de noite a Chris tenha optado por tomar suquinhos detox. Eu fui de suco de cevada mesmo. O Thapyoka também tem uma boate, que fica do outro lado da ponte.



"Uma porção de cerveja, por favor"


De noite, alcatra com cerveja e suco detox

Já fora do complexo, um pouco mais afastada do centro fica a:

Casa do Poeta Lindolf  Bell

Confesso nossa ignorância, já que não conhecíamos o poeta, falecido em 1998, que ficou famoso pelo Movimento Catequese Poética, que visava popularizar a poesia, levando-a a viadutos, ruas, estádios, fábricas, bares e prisões. O museu funciona na casa em que ele morava, e é bem simples, com alguns de seus poemas nas paredes, além de objetos utilizados pela família. A visita é guiada, e infelizmente a guia falava até enquanto eu tentava ler os poemas nas paredes, o que desagradou um pouco.



A casinha bonitinha em que o poeta viveu

O lugar onde os habitantes da cidade se reúnem é o:

Parque Central de Timbó

Área com quadras esportivas, playground e pistas de caminhada, estava enfeitadíssima para a Páscoa, com coelhos gigantes, Casa do Coelho e até mesmo um cercadinho com coelhos vivos, fazendo a alegria da criançada - e a nossa também.



Felizes como coelhos no Parque Central


Olha o coelhão!


E os coelhos em carne viva. Ali atrás, tá?

Conclusão sobre Timbó
 

Não é uma cidade repleta de atrações turísticas, como sua vizinha Pomerode. Ainda assim deixamos de fazer algumas coisas, como visitar o Museu da Música e o Jardim Botânico, por falta de tempo. Timbó está entre as dez cidades com maior qualidade de vida do país, e isso pode ser atestado pela tranquilidade de suas ruas. Conseguimos comprar artesanato na Associação dos Artesãos, que fica no estacionamento de um supermercado (!?). Pelo que vimos, ela está para se mudar para uma casa em estilo enxaimel, bem pertinho do Complexo Turístico Jardim do Imigrante. Convenhamos, bem melhor. Saímos com uma boa impressão da cidade, que talvez merecesse mais um dia de visita. 


Todo o charme de Timbó

A partir de agora vamos falar de mais duas cidades da região, pelas quais passamos mais rapidamente, portanto os relatos serão menores. A primeira delas, que visitamos quando ainda estávamos hosperados em Pomerode, foi:

3 - Rio dos Cedros

Com pouco mais de dez mil habitantes, a pequena cidade fica a apenas 16 km de Pomerode. Como é praxe ao chegarmos a alguma cidade, começamos a visita pela:

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição

Fica na Praça da Matriz, que tem alguns aparelhos de ginástica, onde até nos aventuramos um pouquinho. A arquitetura da igreja não é lá muito comum, com grandes colunas de concreto sustentando uma cobertura na entrada, e ao lado um torre com um relógio. Não achamos muito bonita, mas ao menos estava aberta, e pudemos conhecer por dentro.



Gosto duvidoso, mas tá valendo


Pra não dizerem que é mentira que a gente se exercitou

Bastante afastado do centro, conhecemos o:

Lago Rio Bonito

Rio dos Cedros tem em sua área rural uma região conhecida como Região dos Lagos. Para chegar lá é necessário andar mais de 20 km em estradas de terra em bom estado de conservação. Como não tínhamos o dia inteiro, conhecemos apenas o Lago Rio Bonito. Mas o próprio caminho até lá já é um passeio dos mais agradáveis, já que a estrada segue o curso do rio, com belas paisagens e belas casas pelo caminho. Sim, praticamos o livre exercício da invejinha com as maravilhosas casas que vimos pelo caminho.



O lago e as hortênsias


E uma casa bem em frente ao lago


Desagradável pracas, né?

Já na saída da cidade, conhecemos a:

Capela de Nossa Senhora das Dores

É a igreja mais antiga da cidade, de 1916, e fica encarapitada no alto de um pequeno morro, que dá uma vista bonita da região. O sino fica em uma pequena torre do lado de fora. Pra variar, estava fechada e não pudemos conhecer por dentro.



Bela a singela, como nosso Celtinha macho


Não é assim altíssimo, mas tem uma vista legal

A outra cidade que conhecemos na região foi a singela:

4 - Doutor Pedrinho

O curioso nome vem do pai do antigo governador de Santa Catarina, Aderbal Ramos da Silva. Com apenas 3.604 habitantes, a cidade se desenvolve ao longo da rodovia BR-477. Forma, com a vizinha Benedito Novo, uma região perfeita para quem gosta de cachoeiras. A singeleza da cidade pode ser percebida na:

Prefeitura de Doutro Pedrinho

Fica à beira da estrada, e não resistimos a parar para tirar uma foto. Dá bem uma amostra do tamanho da cidade, que tem apenas 9,6 habitantes por quilômetro quadrado.


Chris se candidatando a prefeita

Conhecemos apenas uma das muitas cachoeiras da região. Mas foi em grande estilo, com a:

Véu de Noiva
Nem vamos falar sobre a criatividade na escolha do nome. Melhor nos atermos à beleza das estradas dessa região, que assim como aconteceu em Rio dos Cedros, já são uma atração por si só.


Paisagens assim se sucedem pelas estradas

Depois de um trecho em estrada de terra chega-se ao começo da trilha. O carro fica estacionado em um restaurante. Gostamos do fato de que a placa no começo do trajeto a pé já indica o tempo médio de caminhada. Isso diminui um pouco a ansiedade natural de querer chegar logo ao destino final. A trilha é bem larga e muito fácil de ser feita, já que é quase toda plana. Chegando perto da cachoeira há uma boa estrutura de pontes de madeira, que dão uma visão frontal dela. Mas para chegar mais pertinho não tem jeito, tem que ir pelas pedras escorregadias. Mas vale o esforço, já que a queda impressiona pelo volume e pelo entorno, em um cânion belíssimo e com muita mata.


Chris trilha o caminho


Tirada da ponte, que fica um pouco afastada


Chris e o belo cânion em que a cachoeira está inserida (curtiu o vocabulário?)


Quanta exuberância, mermão!

Aqui se encerra a primeira parte do nosso relato sobre o Vale Europeu. Na segunda parte falaremos sobre as cidades de Blumenau, Brusque, Botuverá e Nova Trento.
















Um comentário:

  1. O Vale Europeu Catarinense está muito bem descrito aqui.

    Adorei Pomerode com os passeios, cervejarias e a comemoração da Páscoa, muito legal esta tradição da região!

    O hotel de Timbó é dez! Vou fácil!

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